O BRINCADOR DE
PALAVRAS
Não sonho em ser poeta. Sou
simplesmente um brincador de palavras. Tenho esse direito. Digo sem falsa
modéstia, ganhei o direito de brincar com a língua portuguesa, de escrever o
que quiser, claro sem que essas ofendam ninguém, não há necessidade. Trinta
anos trabalhando para um sistema opressor, excludente, insalubre. Sem tempo de
pensar para mim. Na empresa deixei sangue, suor, tempo, e garanto para vocês
que a mais-valia sempre foi atuante em minha vida de labuta. Perdas, perdas de
amizade, perda de uma parte da audição, perda do meu crescimento intelectual,
da infância dos filhos, trabalho.......trabalho..........Hoje sou um
“vagabundo” por direito adquirido.
Vou brincando com as palavras,
escrevo, descrevo, faço, disfarço, desfaço, refaço. Brinco com as letras que
muitas vezes são mal colocadas em um texto, em uma rima que a minha audição
confunde a sonoridade. Não vivo para a métrica perfeita, para o parágrafo sem
erro. Não quero ser um brincador preocupado em não errar um ponto, uma vírgula,
uma concordância verbal. Durante trinta anos o sistema me cobrou qualidade e
perfeição em tudo. Poeta? Quem me dera! Poeta nasce pronto, dizem os eruditos
inatistas. Literato?..........não,
brincador.
Brincando com as
palavras
Descrevo e escrevo
Leio e desleio
Faço poesias e vivo a
poetar
Blogueio e
desblogueio
Sou blogueiro e entro
em devaneio
Faço disfaço disfarço
alienando desalieno
Canto e descanto
Pego e despego minto
e desminto
Crio e descrio
EM MEUS PENSAMENTOS
NA VIDA REAL EU BRINCO COM AS
PALAVRAS, SOU UM “ESCRIBA”.
Kaka de souza,,
A morte
Morrer é uma covardia,
Morrer é uma liturgia
Morrer é uma espargia
Morrer é uma bastardia.
Kaka de souza
Uma pedra em seu caminho
Amo-te! Gritos estrídulos ecoam em
minha mente.Amo-te!
Falo a ti de amor.De amores.
Ouço sussurros de ódio saindo de
seus lábios, alucinações.
Falo-te de meus sonhos. De sonhos.
Você me conta dos seus pesadelos.
Isso alucina-me!
Falo-te de nossas vidas. Da vida.
Você balbucia sobre a morte.
Imploro-te! Faça amor comigo!
Traia-me! Arruma uma amante.
Perdoar-te-ei! Seja um homem
normal,
Com defeitos e qualidades.
Não quero um ser seco; árido,
mostra-me que se importa.
Que vive! Ainda vivo.
Tento fala-te de Nietzsche, sobre
o abismo.
Não adianta, ele já te olhou
profundamente,
Você mais ainda.
Perdi-te! Por uma pedra!
Sim! Uma pedra com o
codinome..............Crack
Kaka de souza
OS SONHOS FEDEM
Dor de amor; existe maior cipreste?
Ama-se, se doa se perde.
Sofrimento, coração partido, que se herde,
Qual a cura? Outro amor? Outro exerde?
Dor intensa, dor maior. Ah!.......Essa
dor,
Passa o tempo à cicatriz não fecha,
Outro alguém não cura, não sutura,
Ah!.....Dor. Coração chora: no corpo o
ardor.
Existe dores d’alma, dores no corpo,
mágoas,
Dores que entra na anatomia como espadas,
Sudorese, amores, dores anginais: coração,
Dor estomacal, dores......dores, câncer,
Todos são maiores que a dor da devoção?
Os sonhos fedem: sonhos infinitos.
Os sonhos têm limites; conflitos:
contritos.
Por amor se mata; se fere; se humilha,
Pelos pais se morre; se mata, venera,
Pelos filhos se mata; se cria,
Seqüestrar filhos, mulher: cobardia.
Mas por que morrer, matar por amor?
Decerto que é um descontrole: uma latria
Há........ Essa loucura!
A dor não encerra?
Encarcera!
Kaka de souza
VIVER
Que vida cruel! Viver é difícil,
Maravilhosa, gostosa, generosa,
cantáridas.
Tantos problemas, doenças, feridas,
O sol, a lua, as pessoas queridas.
Tanta violência,
Amar, ah......como é bom o amor,
Sofrimentos, dores e perdas,
O primeiro beijo, a saudade, clemência.
A obrigação do compromisso,
A liberdade, ser dono de si mesmo,
Trabalho, casamentos, responsabilidade,
O primeiro filho, a continuidade,
O amadurecimento, as dores,
A felicidade de olhar para o passado,
A morte se aproximando,
A alegria de ter vivido, amado.
,
Kaka de Souza
Doce amor contínuo
Lua leitosa que
ilumina as nossas faces em acriso,
Garota de sorriso
fácil e inocente
Doces emoções que
transporta-me p’ro paraíso.
Sol generoso que
bate em seu corpo bronzeando-te
Moça ardente de
sorriso aconchegante,
Arrebatamento que
faz meu coração zumbar fortemente,
Curvas generosa
nas quais perdi-me
Noite amorosa e
inebriante
Amor doce
indissolúvel,
Mulher formosa,
minha vampe,
De corpo sinuoso,
leitoso charavel
Kaka de Souza
CORAÇÃO
Quem nunca sofreu de
amor intenso e dolorido
Vontade de arrancar o
coração e lançá-lo ao léu
Ainda mais quando esse
amor não é correspondido
Amor que dói tanto que
gostaríamos de
não ter esse órgão
armazenador de amor
Como é possível amar e
não Si amar?
Diante de tanto amor e
você se anular?
O outro passa a Ser o
seu eu; eu a secar
O seu Ser passa a ter
uma vida vírgula
O QUE QUERES?
O que queres p’ra mim?
Que eu enlouqueça?
O que queres tu? Que eu me torne um fugidio?
O que queres p’ra ti?
Que eu te esqueça?
O que queres p’ra nós?
Solidão e o vazio?
FINGINDO
Fingir amor sem sentir
dor
Amor não se ignora!
A paixão vem com ardor
A dor sente-se na hora!
Como fingir uma paixão?
Não será o e mesmo que
mentir p’ra solidão?
O coração não é um leixão
Iludir a solidão ela se
torna uma amplidão
Minto p´ra ti coração
Tento fingir uma paixão
Mas como enganar um
pobre coração?
Que sofre de uma imensa
solidão?
Kaka de Souza
Alma que chora
Amar é deixar levar-se-á
Amar é entregar-se-á’lma
Amar é absorver-se-á
Amar é somar ilusões
Se somente uma alma ama
Alma d’zalmada, sem emoções.
Amor perdido
Lá deixei o amor,
No obscuro recanto de
amores
não correspondido
Lugar de amor perdido.
Kaka de Souza
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