sábado, 27 de maio de 2017

O PUNHETEIRO




Dias desse parei do bar do portuga para tomar uma pinga, algumas cervejas e bater papo, normal, ele como contador de causos é imbatível, como por exemplo, O Castramento,  Energia Negativa. E senti-o inspirado, alegre em excesso, estava bêbado, começou a falar sem parar.

Sou punheteiro com prazer, gosto demais desse deleite solitário. Lembro-me quando eu tinha uns seis anos fui pego no flagra pela minha mãe; não foi a primeira vez, estava eu tranqüilo punhetando e ouvi seus gritos:

 “ora pois,  menino da porra, te disse para não fazer mais isso”.

O grito arrastado da portuguesa do interior mais precisamente em Piódão trouxe-me um abrutamento de tremores desagradáveis, não gostosos quanto à manipulação do meu pinto. Sai em disparada mata adentro e ela correndo atrás de mim com um galho de goiabeira. Eu corria, corria para um lugar longe da visão dela. E lá, terminava de praticar meu prazer solitário até meu pequeno corpo tremular. Para minha mãe era pecado; causava doença. Para mim: algo gostoso e desconhecido.

Passei pela criancice, a adolescência, não praticava tanto quanto no tempo de criança, entretanto era quase um ritual punhetar pelo menos umas duas vezes por semana.

Quando casado acha que parei? Nada disso, todas as segundas-feiras cumpro o ritual da práxis. Sou metódico, faço sozinho, no silêncio do banheiro, no chuar da água do chuveiro. Nada parecido quando no tempo de criança. Minha mente agora viaja em bundas Balzaquianas, em seus seios leitosos, em seus lábios carnudos, em suas vaginas maduras.

Sou punheteiro, onanista, quiromaníaco, mastubador, manipulador manual.........como queiram. Claro que não desprezo uma boa buceta, vagina, cona, xana, pereca, prexeca, buça, pastel de cabelo etc. Gosto de cheirar, beijar, chupar os líquidos vaginais e enfiar meu falo dentro. Adoro mulher em toda a sua essência.

Só que com as minhas mãos, meus dedos, eu viajo com minha imaginação fértil nela, na dela Balzaquiana. Sinto prazer em ver o meu esperma sair do meu membro duro com força para longe. A idade diminuiu a pressão. Tive que aprender técnicas novas de punhetagem:

Seguro ao sentir que vou gozar, prendo, aguarda alguns segundos, continuo e ao pressentir que vou flutuar aperto a próstata com um dedo, abaixo do saco ou melhor: entre os escrotos e o ânus, faço uma pequena pressão, pronto, trava a ejaculação, continuo fazendo isso por uns quinze minutos e quando não aguento mais, deixo-a sair com pressão, a porra bate na parede do banheiro fazendo um som agradável aos meus ouvidos.

E como no tempo de criança, tenho que fazer as escondidas do olhar insano e incompreensível da minha mulher. Um dia uso a mão direita, no outro a esquerda; para não causar “ciúmes” entres elas. Como já disse, sou um punheteiro metódico: religiosamente as segundas-feiras, tenha chuva ou faça sol.    

Espero sinceramente que no momento da minha morte eu possa fazer-me a ultima vontade, tocar uma punheta enquanto dou umas tragadas em um cigarro, vício ordinário que me sustentou ( sustentou?) durante muitos anos.

Ouvi tudo sem interrompê-lo, o que dizer a respeito? Se ele gosta do prazer solitário não vai ser eu que vou recrimina-lo. Acabei de tomar a segunda cerveja, tomei uma dose generosa da danada do garrafão, dei uma olhada irônica para ele e sai.

Ao transcrever para o papel é claro que usei minha língua, ( língua portuguesa) pois a dele se tornaria incompreensível





Kaká de Souza

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