Henriques é uma pessoa boa, inteligente, bom filho, trabalhador, espírita convicto, com uma fé imensa em sua crença e em Deus. Conhece e já leu praticamente todos os escritos de Chico Xavier. É palestrante sobre o renascimento do espírito e quando tem oportunidade discorre sobre sua religião. Acredita piamente na reencarnação. Sua fé, sua vida. Faz palestra em quase todas as igrejas Espírita do Vale do Paraíba. Sendo muito requisitado. Claro que tem outro modo de ganhar a vida, trabalha em uma imobiliária em um município do Vale Paraíba.
Mas como a vida não é simples e nunca será. Há 8 anos atrás conheceu Hilda, a mulher que acreditava que era a sua cara-metade, acreditava! A moça pertencente a uma família católica praticante e zombeteira.
Durante algum tempo foi feliz com a esposa. Digo, durante 2 anos teve uma vida mais ou menos tranquila, apesar das piadinhas constantes da família de Hilda. Sua crença era sempre motivo de piadas quando a família da mulher estava reunida em sua casa. Sorria tristemente. Seu silêncio era a sua resposta.
Nasceu Hernâni, menininho lindo, fofo, a alegria do pai e da família. Deu-se o começo de sua agrura, a mulher não deixava o pequeno Hernâni sair com ele. A família iniciou o afastamento do filho da presença do seu genitor.
Aos 4 anos o pequeno Hernâni tinha medo do pai, pois, acreditava que o pai era uma pessoa ruim. A família de Hilda e a própria colocou na cabeça do filho que o pai tinha parte com a coisa “ruim”, enfatizando para a criança que o pai era “macumbeiro”. Sem contar os restantes de absurdos praticados para afastar o filho da presença paterna. O medo do garoto era tanto que não ia mais para o colo do pai. A religião de Henrique tinha tornado um empecilho para ele se tornar um pai. Digo que o empecilho foi causado nas mentes doentias da família de Hilda.
Para piorar a situação o sogro de Henrique foi a um encontro religioso, não da sua Igreja católica, e sim de uma igreja protestante famosa por chutar santos católicos e outras atitudes radicais contra as demais religiões.
No local o pai de Hilda foi cercado por um grupo de “crentes facciosos”, desmaiou. Ficou desacordado durante horas e quando voltou a si tornou-se mais um crente fervoroso e radical contra as demais crenças. O genro Henrique tornara-se para ele a personificação do mal em pessoa. O pobre do filho do Henrique foi e continua sendo o maior prejudicado.
Hilda fazia de tudo para que o marido passasse para a religião da sua família. A briga em casa se tornou constante. Ela brigava com o pobre Henrique que tentava manter um casamento que não tinha mais jeito. Fique claro que sua mulher brigava! Ele em silêncio. Sabia se saíssem daquela casa perderia o direito de ver o pequeno Hernâni crescer. Suportou durante muito tempo.
Certo dia estava em casa em seu quarto preparando para mais uma palestra quando ouviu uma balburdia na sala, ao sair para ver o que era, várias pessoas juntamente com o seu sogro vieram em sua direção com as mãos para cima dizendo-lhe que iria tirar o demônio do seu corpo.
Sentiu-se humilhado com tais acontecimentos, pois seu Deus não é melhor ou pior que o Deus da família da esposa, se sentiu mal. “Será que esse Deus que vive no seu coração que só quer o bem e diz que o amor ao próximo é o caminho para a salvação do Gênero humano é ‘o demônio que habitava em seu interior?’
“Meus Deus no meu coração é o diabo que manda segundo esses fanáticos. Mas como? Pois eu procuro fazer sempre o bem. Essas pessoas querem tirar essa entidade que eles dizem que é o mal do meu corpo, não posso ficar mais aqui, nessa casa”
Estas conjecturas passaram rápido pela sua mente ao sentir pressionado pelo grupo de “crentes.” Sua fé o salvou. Saiu de casa. Deixou tudo com a mulher, roupas, livros e o seu maior tesouro: o filho.
Anos se passaram, arrumou uma mulher que professa a mesma religião que a sua, vive feliz com ela, quer casar, contudo, Hilda faz de tudo para ele não ser feliz. O divórcio lhe negou. Apesar dos contratempos ele deposita a pensão do filho na conta da mulher todos os meses.
Hernâni cresce e vê seu pai como um estranho, “a Alienação Parental” foi tão forte que o filho não gosta nem de aproximar. A salvação de Henrique é a sua imensa fé em Deus. Reza sabendo que um dia isso vai mudar, pode não ser nessa vida, mas um dia......................
*Esse conto foi tirado do livro CANCRO SOCIAL, de Kaka de Souza.
Mas como a vida não é simples e nunca será. Há 8 anos atrás conheceu Hilda, a mulher que acreditava que era a sua cara-metade, acreditava! A moça pertencente a uma família católica praticante e zombeteira.
Durante algum tempo foi feliz com a esposa. Digo, durante 2 anos teve uma vida mais ou menos tranquila, apesar das piadinhas constantes da família de Hilda. Sua crença era sempre motivo de piadas quando a família da mulher estava reunida em sua casa. Sorria tristemente. Seu silêncio era a sua resposta.
Nasceu Hernâni, menininho lindo, fofo, a alegria do pai e da família. Deu-se o começo de sua agrura, a mulher não deixava o pequeno Hernâni sair com ele. A família iniciou o afastamento do filho da presença do seu genitor.
Aos 4 anos o pequeno Hernâni tinha medo do pai, pois, acreditava que o pai era uma pessoa ruim. A família de Hilda e a própria colocou na cabeça do filho que o pai tinha parte com a coisa “ruim”, enfatizando para a criança que o pai era “macumbeiro”. Sem contar os restantes de absurdos praticados para afastar o filho da presença paterna. O medo do garoto era tanto que não ia mais para o colo do pai. A religião de Henrique tinha tornado um empecilho para ele se tornar um pai. Digo que o empecilho foi causado nas mentes doentias da família de Hilda.
Para piorar a situação o sogro de Henrique foi a um encontro religioso, não da sua Igreja católica, e sim de uma igreja protestante famosa por chutar santos católicos e outras atitudes radicais contra as demais religiões.
No local o pai de Hilda foi cercado por um grupo de “crentes facciosos”, desmaiou. Ficou desacordado durante horas e quando voltou a si tornou-se mais um crente fervoroso e radical contra as demais crenças. O genro Henrique tornara-se para ele a personificação do mal em pessoa. O pobre do filho do Henrique foi e continua sendo o maior prejudicado.
Hilda fazia de tudo para que o marido passasse para a religião da sua família. A briga em casa se tornou constante. Ela brigava com o pobre Henrique que tentava manter um casamento que não tinha mais jeito. Fique claro que sua mulher brigava! Ele em silêncio. Sabia se saíssem daquela casa perderia o direito de ver o pequeno Hernâni crescer. Suportou durante muito tempo.
Certo dia estava em casa em seu quarto preparando para mais uma palestra quando ouviu uma balburdia na sala, ao sair para ver o que era, várias pessoas juntamente com o seu sogro vieram em sua direção com as mãos para cima dizendo-lhe que iria tirar o demônio do seu corpo.
Sentiu-se humilhado com tais acontecimentos, pois seu Deus não é melhor ou pior que o Deus da família da esposa, se sentiu mal. “Será que esse Deus que vive no seu coração que só quer o bem e diz que o amor ao próximo é o caminho para a salvação do Gênero humano é ‘o demônio que habitava em seu interior?’
“Meus Deus no meu coração é o diabo que manda segundo esses fanáticos. Mas como? Pois eu procuro fazer sempre o bem. Essas pessoas querem tirar essa entidade que eles dizem que é o mal do meu corpo, não posso ficar mais aqui, nessa casa”
Estas conjecturas passaram rápido pela sua mente ao sentir pressionado pelo grupo de “crentes.” Sua fé o salvou. Saiu de casa. Deixou tudo com a mulher, roupas, livros e o seu maior tesouro: o filho.
Anos se passaram, arrumou uma mulher que professa a mesma religião que a sua, vive feliz com ela, quer casar, contudo, Hilda faz de tudo para ele não ser feliz. O divórcio lhe negou. Apesar dos contratempos ele deposita a pensão do filho na conta da mulher todos os meses.
Hernâni cresce e vê seu pai como um estranho, “a Alienação Parental” foi tão forte que o filho não gosta nem de aproximar. A salvação de Henrique é a sua imensa fé em Deus. Reza sabendo que um dia isso vai mudar, pode não ser nessa vida, mas um dia......................
*Esse conto foi tirado do livro CANCRO SOCIAL, de Kaka de Souza.
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