quarta-feira, 23 de junho de 2010

O tupinambá sem identidade


Meu povo livre, felizes com o Tupã
Apuã, pará e florestas com muita acumã,
era o nosso lar, tendo Jaci como proteção,
o Aram nosso deus, Ceci nos amavam,
juntamente com Iandé nossa irmã.

Vem o Cari como um cadivo,
oprime-nos, com seu deus opressor tomado de chanças
Prisão, chicotes, Nhe que não é do meu povo.
Meus irmãos morrem de doenças,

Meu povo se torna escravos
São mortos como formigas,
apuã, kaá e pará são invadidos,
sangues podres nos são servidos,

Doenças, dores, solidão,
nosso deuses nos abandonaram,
nossas membiras são estupradas,
Nossos filhos roubados,
riquezas minerais, animais e vegetais são levados,

A solidão é a nossa sina, seres vivos bafuntes,
Meu povo é antã e guaríní. Nossa defesa: usar de barbarizes,
contra Avaré de saia e bandeirantes, que invadem nossa Ibi:
os nossos furiosos algozes,

Malária, febre amarela,
era a nossa proteção.
O Cari Trouxe-nos gripes, disenteria.
Sarampos e varíola.
E com “amor” à sífilis,
que matam nossos irmãos


Kaka de souza

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