segunda-feira, 14 de junho de 2010

DROGAS

Ele amava, chorava de obcecação,
Ele roubava, mentia,caiu na degeneração
Ele preso. Hoje vive na solidão.

Taciturno, sem leitura e ceguidão
Não lia o mundo, nunca apreendeu,
Maconha. Crack foi, e é a sua maior sensação,
Conselhos. Clínicas. Nada resolveu.

A mãe chorava, brigava. Perdas diárias.
Drogas versus mãe: ganhou o vício.
A família não pressentia as conseqüências abreviárias.
Perdas de amor familiar. Descida p’ro precipício.

Nasceu lindo, sorrindo. A felicidade dos pais,
Cresceu quieto, nada que demonstrasse o golpe fatal,
Ao se darem conta, no lar não existia mais a paz
Seu novo apego era o ckack; a droga infernal.

Doze anos. Seus “amigos” o levaram para outra forma de sentir a vida,
Nada que ele aprendeu no seio familiar não mais lhe servia. Sua alma: lânguida.

O primeiro amor: cigarros,
Segundo amor: maconha,
Terceiro amor: crakc, uma imensa paixão.
Amor forte e lascivo,
Dias, já estava abraçado e perdido na escuridão.

Em casa o desespero atinge a todos
Brigas, perdas de bens materiais,
O pior: perda da dignidade,
A mãe chora, dor, esfaqueada, em morredouro.

Em sua loucura, faca, o corte, sangue fora das veias.
Mãe vazia, tanto amor, tanta perda, encandeia.

Kaka de souza

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