domingo, 27 de junho de 2010

ONTEM: ALIENAÇÃO PARENTAL (1)*



Inicio da década de 80, saindo da loucura, liberdade ainda vigiada em minha cidade: Volta Redonda. Foi assim que entrei em uma grande siderúrgica e lá conheci Álvaro rapaz de olhos vivaz, um grande coração, parceiro para qualquer instante de sua vida. Tornamo-nos grandes amigos, tínhamos a mesma idade, o mesmo ideal: ser feliz. Certo dia na hora do almoço, ainda com o marmitex na mão Álvaro virou para mim e murmurou: “Aldo,.........estou apaixonado” quase engasguei com a gororoba servido pela empresa. Como?! Indaguei. Disse-me: conheci uma garota sensacional ontem e vou casar com ela. Ele era assim, intenso, sensível. Eu conheço? Perguntei sabendo que a resposta era não, pois, tínhamos os mesmos contatos femininos. Não, mora do outro lado do Rio Paraíba, no Retiro. Chama-se Ana. Disse-me. Como eu imaginava não conhecia essa tal Ana.

Ele me apresentou a garota, confesso que não gostei da menina, parecia ser mimada demais, entretanto, fiquei em silêncio para não ferir a sensibilidade do meu camarada. Álvaro ficou tão apaixonado que não mais encontrávamos fora da empresa com a frequência de antes. Vivia na casa da namorada. Aconteceu! A garota ficou grávida, tiveram de casar às pressas. Meses após o casamento senti que Álvaro começou a mudar seu jeito de ser, ficava nervoso por quaisquer motivos. Como amigo fui conversar com ele. Chorando disse-me que tudo que ele pensava sobre Ana tinha mudado, ela era mimada, volúvel, inconstante. Reforçou:

“O Sr. Armando, pai de Ana era funcionário da mesma empresa a qual trabalhávamos, ele ganhava muito bem, fazia todos os gostos da filha única, como ele morava com os sogros não podia abrir a boca para nada. O Sr. Armando, seu sogro, até que era uma boa pessoa, porém, a jararaca da sogra que comandava tudo em casa”

Os sogros moravam de aluguel em um bom apartamento. A sogra de nome Ângela não “achava necessário comprar um imóvel próprio, dizia”

O filho nasceu, deram-no o nome de Afonso. Deram por que o Álvaro não escolheu, ficou por conta dos sogros e da mulher.

No trabalho eu via a mudança acontecer com meu amigo em minha frente, Álvaro não mais conseguia manter o mesmo ritmo de trabalho. Como trabalhava-mos em regime de turno, de madrugada eu via o cansaço estampado em seu rosto.

“O que esta acontecendo Álvaro? Perguntei, pois nossa área era por demais perigosa para uma pessoa atenta, imagina para alguém totalmente grogue como se encontrava Álvaro. Disse-me que Ana não o deixava dormir, forçava-o a sair durante o dia e quando em casa era a sogra que o perturbava. Brigas entre eles era constante, entre o genro, mulher. O Afonso crescia, e a preocupação de Ana era gastar o dinheiro do marido; que não era grande coisa. O sogro bunda-mole não fazia nada a não ser concordar em tudo com a mulher. Seu minguado e curto salário a sogra mandou a filha administrar, ele não suportava mais. Disse-me chorando”

Suportou durante quase três anos essa vida. Certo dia não aguentou, pediu a separação. “Ela discordou, a sogra entrou no meio defendendo a filha: “Se você separar da minha filha nunca mais verá o Afonso, disse-lhe.” Nada disso, eu tenho a lei do meu lado”. Disse Álvaro para a família da mulher. No entanto, a lei podia estar do seu lado, mas, “A Alienação Parental” não: (termo hoje muito conhecido pela lei e pelos psicólogos, há vinte anos não se falava nessa alienação psicológica praticada nos filhos por alguns pais separados)

Saiu de casa. Começou seu suplício, a covardia da sogra e de sua ex-mulher chegou ao extremo de não deixá-lo ver o filho nem da janela. Ele pagava pensão conforme a lei, porém, não o deixava ver o pequeno Afonso. A crueldade chegou a tal ponto do Álvaro ir ver o filho, pois não aguentava tamanha saudade e na porta da ex-mulher não o deixava ver o pequeno, ele insistia, forçava, a polícia chegava e ouvia mentiras sobre o meu parceiro de trabalho, levava-o para a delegacia. Esta situação durou meses.

Álvaro mudou, com os nervos abalados teve que tomar remédios de tarja preta. Tornou um ser amargo, rancoroso. Saiu do trabalho, se perdeu na desesperança. Nada mais dava certo para ele. Os “amigos” desapareceram. Inclusive eu, não pela sua situação precária, casei também, com filho pequeno. Separamo-nos de tudo, infelizmente.

Após muita cabeçada Álvaro arrumou uma mulher maravilhosa, de boa família, digo isso por que conhecia a garota desde que era criança. Fiquei feliz em ficar sabendo que ele tinha casado com Agnes. Certo dia nos encontramos no centro da cidade e perguntei sobre o pequeno Afonso:

Disse-me que tinha deixado o filho descobrir a verdade quando crescesse. E o.......Tempo passou e o senhor Alberto pai de Ana tinha aposentado assim que Álvaro tinha saído de casa. A família não pensou em adquirir um imóvel, gastaram a rodo o capital do antigo sogro de Álvaro. Acabou o dinheiro, pecúlio da aposentadoria baixa, a família faliu. Mudaram para uma casa pequena. Sem dinheiro Ana teve de trabalhar. Afonso cresceu ouvindo horrores sobre o pai. Em seu imaginário o pai era um marginal, um doente.

Entretanto, ele foi conhecendo a avó e a mãe. Quem estava mentindo? A mãe arrumava um homem por semana, à avó falava da vida de todos. Viu os erros em sua frente, as mentiras foram aparecendo. Afonso agora estava com mais de vinte anos e só via o pai de longe, nunca tinha conversado com ele.

Álvaro estava agora com três filhos, sua vida deu uma guinada, um bom trabalho, três filhos maravilhosos, uma esposa amorosa que dava-lhe sentido na vida. Parece um paradoxo! Ele se tornou um fiel servidor de deus de uma igreja protestante. Estava feliz.

Após vários anos fui a sua casa para conversamos e disse-me feliz que o filho Afonso agora não sai de sua casa. Tornaram-se grandes amigos, e me contou como aconteceu:

Certo dia ouviu a campainha da porta e ao abrir viu em sua frente o filho Álvaro. Rapagão forte, a sua cara quando jovem abraçaram-se e não falaram nada, a presença dele em sua frente dizia tudo.

Afonso arrumou uma namorada e fez igual ao pai, arrumou um filho. Álvaro disse para ele assumir o filho e a mãe. Fez o que o pai mandou. Hoje o filho de Afonso chama a Agnes de avó. Mas nem tudo melhorou para Álvaro, muito sofrimento enfraqueceu seu coração sensível. Ficou marcado para sempre pela dor.

Esse conto foi tirado do livro CANCRO SOCIAL, de Kaka de Souza.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

*O português


Esse caso quem me contou é um ex-taxista de nome Silva, velho de olhar vivaz, diz ele, um sobrevivente. Hoje ele é dono de um bar perto de minha casa, quando posso paro no local para ouvir seu causos do tempo que era motorista nas ruas da cidade onde moramos, vou relatar um desses, segundo ele, e em sua voz:

Coitado do Manuel. Como o nome diz, ele era português radicado no Brasil a mais de trinta anos, grandalhão, olhos verdes, bom sujeito, honesto ao extremo. Isso mesmo! Honesto, digo-lhes com ênfase que você vai-me entender o porque, explico esse honesto: devo dizer-lhe que trabalhei mais de trinta anos como motorista de táxi, não estou dando volta: só para situar o contexto do acontecido. Nas ruas da cidade (1) ganhávamos a vida como motorista. Conheci o “Portuga” no ponto de táxi. Sujeito alegre, jovial, bom motorista e um excelente amigo. Tem mais: ajudou no aumento da população da cidade e na miscigenação municipal, pois, como seus antigos antepassados colonizadores do Brasil; o nosso “Portuga” também adora uma negra. Casou com uma.

Como vocês podem notar era um típico brasileiro. Coitado do pobre do meu amigo. Como já disse não querendo ser repetitivo, ele era tão honesto que alguém deixasse uma caixa de fósforo dentro do seu táxi procurava para entregar.

Manuel cansou de procurar clientes para entregar objetos esquecido por eles no interior do seu autocarro, como ele gostava de chamar seu táxi. Lembro-me de uma maleta 007 esquecida por alguém no interior do seu autocarro com dólares, nem procurou saber a quantia, foi atrás do passageiro de memória fraca entregando-lhe a maleta, digo mais, não quis aceitar nenhuma recompensa pela sua honestidade. “Ora pois, não é meu tenho que devolver” dizia para nós. Não pestanejo, foi o sujeito mais honesto que conheci em minha vida: no entanto para os vermes (2) não.

Estávamos no ponto conversando eu, o “Portuga” e outros, ah!....Esse ponto ficava em frente à antiga Casa da Banha, na Vila, que na época o mercado estava em pleno funcionamento. Como o carro do nosso malfadado amigo estava na frente, um casal se aproximou e entrou em seu autocarro (táxi).

Vou relatar o que fiquei sabendo por ele e acreditei é claro. O casal pediu para leva-los para o Retiro, atravessou o Rio Paraíba, e na rua principal do bairro eles pediram para estacionar. Conforme o pedido Manuel ficou aguardando,......5 minutos.......10 minutos. Já nervoso com a demora viu o casal vindo correndo em sua direção gritando para ele ligar o carro. Ouviu uma voz gritando “pega ladrão”. Ficou apavorado, a mulher apontou um revolver em sua direção e o fez levá-los para o bairro Belo Horizonte, na subida do bairro o casal parou e o mandou ir embora. Fez o sinal da cruz virou o carro e retornou apavorado com uma intensa dor de barriga. Como sua casa ficava no meio do caminho e a poucos metros da delegacia entrou correndo em casa e foi direto para o banheiro. Logo após alguns minutos saiu pisando nas nuvens. Foi para o ponto. Esqueceu de dar parte do acontecido. Coitado do “Portuga”

Não demorou muito, chegou à polícia e o prendeu por assalto e cumplicidade. A senhora que foi assaltada viu a placa do seu táxi. Não adiantou ele negar. Apanhava e ouvia: “cadê seus cúmplices?”. Não tenho cúmplices, seu policial, dizia. A sua negativa deixava os vermes mais nervosos ainda, apanhou tanto, socos nos rins, no peito, no fígado. Foi torturado durante horas. Depois de dias presos foi solto. Triste e marcado pela tortura voltou a trabalhar. Não durou muito, morreu meses depois desse acontecimento. Coração fraco, teve um infarto fulminante.

*Esse conto foi recortado do livro CANCRO SOCIAL, de Kaka de Souza.

(1)A cidade que passa a história fica no interior do estado do Rio de Janeiro, Vale do Paraíba, mais precisamente em Volta Redonda, a cidade do aço”

(2) “ Só para esclarecer esse “vermes” o ex-taxista Silva não gosta de quem usa farda, ou melhor, policiais, militares. Disse-me que foi muito perseguido durante a ditadura, pois com a ideologia americana a cidade tornou-se Área de Segurança Nacional, os policiais da sua cidade ganhou poderes acima da lei, e os ‘Cabeças de Tomate’ (Milícia criada pela ditadura para vigiar a cidade, e que muitas vezes agia como policiais) o perseguia. Esse causo ocorre em plena ditadura militar. Como é normal na cidade muitos dos antigos moradores eram alienados. E muitos ainda os são até hoje e vive com a falsa ideia que na época da ditadura a cidade era bem mais segura, pois os militares tomavam conta de tudo, inclusive dos moradores” Quando alguém chega perto dele e fala isso ele explode em um furor sem igual.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

*O ASSASSINO VINGADOR

Nesse frio intenso de outono eu e o velho Silva nos sentamos e batemos papos por longo tempo e esse causo ele me contou sob um sol generoso de junho.
Relato procurando não mudar a sua fala e não interferir no ocorrido.

(...)"Tião Cabeludo” trabalhou em uma empreiteira dentro da siderúrgica, ingenuamente pegou uns pregos e colocou dentro da marmita, pois, necessitava para a obra que estava fazendo em sua casa. Na saída da empresa ao revistá-lo o segurança achou os pregos, chamou a “gestapo” levaram-no para o porão e o torturaram durante horas, esmagaram seu escroto com o cabo de um cassetete. Mandaram para o hospital. Fizeram à ocorrência na delegacia. É claro que não disseram nada sobre o acontecido dentro do porão. A empresa o mandou embora por justa causa.

Revoltando pela tortura sofrida “Tião Cabeludo” começou a se vingar dos guardas que o torturaram, matou um por um. Matou os 8 que estavam envolvidos em sua tortura.

Foi preso e mandado para a prisão de Bangu, no Rio de Janeiro, ficou quatro anos preso e perto de completar cinco anos fugiu. Veio parar em sua cidade; Volta redonda. Virou líder no Morro dos Atrevidos, antigo bairro subindo a 208, (Hoje Morro São Carlos) tornou-se mandachuva líder dos marginais e da comunidade carente do morro. Virou protetor. Hoje, um Mito.

Foi preso de novo e encarcerado em uma prisão no Rio de Janeiro juntamente com o famigerado bandido conhecido nos morros do Rio com o apelido de Escadinha. Tião não ficou muito tempo, fugiu de novo. Tornou-se o terror da cidade devido à fama de matar guardas e policiais. O medo era intenso para quem usasse farda. Entretanto, para a população ele tinha-se tornado um justiceiro.

Preso meses após a fuga da prisão do Rio. Após anos foi solto por bom comportamento. Sumiu, ninguém sabe do seu paradeiro. Se, morreu? Está vivo? Ninguém saber informar. Pelo menos Silva o contador desse causo não sabe. (......)

"Como já disse; a ditadura criou paramilitares na cidade de Volta Redonda para ajudá-los combater quaisquer ideias subversivas dentro do limítrofe do município. Dentro da empresa siderúrgica os funcionários os conheciam como” Gestapo” e os temiam.

Gestapo era um grupo de investigadores especiais criados dentro da siderúrgica para investigar roubos ou desvio de conduta que viessem de encontro ao regime instalado. E o nome de Gestapo não surgiu do nada, eram torturadores violentos.

Como eu já comentei no causo anterior, do Portuga, Silva não tem boas lembranças da época da ditadura em sua cidade, Volta Redonda."

* Esse fragmento foi recortado do livro PERSONA , de Kaka de Souza ainda em correção.
O tupinambá sem identidade


Meu povo livre, felizes com o Tupã
Apuã, pará e florestas com muita acumã,
era o nosso lar, tendo Jaci como proteção,
o Aram nosso deus, Ceci nos amavam,
juntamente com Iandé nossa irmã.

Vem o Cari como um cadivo,
oprime-nos, com seu deus opressor tomado de chanças
Prisão, chicotes, Nhe que não é do meu povo.
Meus irmãos morrem de doenças,

Meu povo se torna escravos
São mortos como formigas,
apuã, kaá e pará são invadidos,
sangues podres nos são servidos,

Doenças, dores, solidão,
nosso deuses nos abandonaram,
nossas membiras são estupradas,
Nossos filhos roubados,
riquezas minerais, animais e vegetais são levados,

A solidão é a nossa sina, seres vivos bafuntes,
Meu povo é antã e guaríní. Nossa defesa: usar de barbarizes,
contra Avaré de saia e bandeirantes, que invadem nossa Ibi:
os nossos furiosos algozes,

Malária, febre amarela,
era a nossa proteção.
O Cari Trouxe-nos gripes, disenteria.
Sarampos e varíola.
E com “amor” à sífilis,
que matam nossos irmãos


Kaka de souza

segunda-feira, 14 de junho de 2010

DROGAS

Ele amava, chorava de obcecação,
Ele roubava, mentia,caiu na degeneração
Ele preso. Hoje vive na solidão.

Taciturno, sem leitura e ceguidão
Não lia o mundo, nunca apreendeu,
Maconha. Crack foi, e é a sua maior sensação,
Conselhos. Clínicas. Nada resolveu.

A mãe chorava, brigava. Perdas diárias.
Drogas versus mãe: ganhou o vício.
A família não pressentia as conseqüências abreviárias.
Perdas de amor familiar. Descida p’ro precipício.

Nasceu lindo, sorrindo. A felicidade dos pais,
Cresceu quieto, nada que demonstrasse o golpe fatal,
Ao se darem conta, no lar não existia mais a paz
Seu novo apego era o ckack; a droga infernal.

Doze anos. Seus “amigos” o levaram para outra forma de sentir a vida,
Nada que ele aprendeu no seio familiar não mais lhe servia. Sua alma: lânguida.

O primeiro amor: cigarros,
Segundo amor: maconha,
Terceiro amor: crakc, uma imensa paixão.
Amor forte e lascivo,
Dias, já estava abraçado e perdido na escuridão.

Em casa o desespero atinge a todos
Brigas, perdas de bens materiais,
O pior: perda da dignidade,
A mãe chora, dor, esfaqueada, em morredouro.

Em sua loucura, faca, o corte, sangue fora das veias.
Mãe vazia, tanto amor, tanta perda, encandeia.

Kaka de souza
O TEMPO

O tempo não tem coração. O tempo não ultrapassa,
A nossa pele passa. Os sonhos prepassa.
Sem dor, sem sentimentos. O tempo passa,
As dores surgem, a vista encurta. O tempo repassa,

O tempo não chora, não declama, ele vai. Não depassa
As lágrimas passam, a saudade aumenta. Ele repassa,
A juventude vai embora. O tempo não traspassa,
O corpo murcha, a mente esquece. O tempo......transpassa

O tempo passa, não repassa, não depassa.
A Juventude ultrapassa, ela transpassa.
O corpo morre, a alma ultrapassa? É trapaça?
Se a alma ultrapassa? Quem repassa?

Se a dor e a vida ultrapassa?
Quem chora com a perda quando ela perpassa?

Kaka de souza

AMOR......AMOR......AMOR......AMOR

AMOR......AMOR......AMOR......AMOR

Como imaginar um grande amor sem tesura, sem paixão.
Amor de pai, mãe, irmãos é um amor enorme, porém, sem tesão,
Amor carnal, amor com excitação é por aquela mulher que imaginamos ter relação,

Amor intenso, amor enorme da mãe para o filho. Sagração
.... amor fraternal é o que cura a solidão,
Aquela mulher que se vê o fundo do coração vontade da jaculação.

Amor de amigo, de amigo para amigo, dação.
Amor livre que amansa qualquer coração,
Mas tem aquela mulher que o sangue ferve de depravação,

Amor pela vida, amar as pessoas sem tapeação.
Amor de pais, quando o filho esta em perigo usa de um sação.
Amor de amigos. Erros sempre têm perdão,

Amor intenso, Grande paixão, amor carnal, namoração.
Amor devasso que quando acaba surge a escuridão.
Amor com paixão, com tesão somado com a devassidão,
Porém, não termina ao tê-los gravados no coração.

Kaka de souza

domingo, 6 de junho de 2010

Dentro de si


Gostaria de fugir de mim,
Sair de mim, entrar em si,
Sim, isso mesmo: dentro,
Tornar-me outro, ser outro em si,

Amar é assim?
Entrar e sair dentro de si,
Não...... não é assim.
É ficar ao lado de ti.

Sentir seu gosto perto de mim,
Entrelaçar meu corpo em si,
Sonho de viver sempre contigo,
Consigo e contigo desse jeito; bem assim.


Kaka de souza
Cheiro seu



Flores do campo,
É o seu cheiro,
Flores da serra,
Seu cheiro é assim,
Flores que floresce só no inverno
Orquídeas selvagens,
Será que nosso amor é eterno?
Meu amor é desse jeito,
Não é meuê-meuê
Devo dizer-lhe.
Entrego-me o pensamento em ti,
Como me perdi dessa forma?
Sua doçura, seu aroma, seu it
Meu amor, quando eu me perder,
Embriaga-me com seu gosto,
Suga-me.....suga-me, absorve-me
Não é loucura, é amor,
Louca e infinita paixão



Kaka de souza